terça-feira, 29 de março de 2011

me diz pra que?!


Não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer e muita greve
Você pode e você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão, virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus sofreu
Num quer dizer que você tenha que sofrer

Até quando você vai ficar usando rédea
Rindo da própria tragédia?
Até quando você vai ficar usando rédea
Pobre, rico ou classe média?
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
Muda que o medo é um modo de fazer censura


Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ser saco de pancada?

Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente
Seu filho sem escola, seu velho tá sem dente
Você tenta ser contente, não vê que é revoltante
Você tá sem emprego e sua filha tá gestante
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo
Você que é inocente foi preso em flagrante
É tudo flagrante
É tudo flagrante

A polícia matou o estudante
Falou que era bandido, chamou de traficante
A justiça prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado e absolveu os PM's de Vigário

A polícia só existe pra manter você na lei
Lei do silêncio, lei do mais fraco:
Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco

A programação existe pra manter você na frente
Na frente da TV, que é pra te entreter
Que pra você não ver que programado é você

Acordo num tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar
O cara me pede diploma, num tenho diploma, num pude estudar
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado que eu saiba falar
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá

Consigo emprego, começo o emprego, me mato de tanto ralar
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar
Não peço arrego mas na hora que chego só fico no mesmo lugar
Brinquedo que o filho me pede num tenho dinheiro pra dar

Escola, esmola
Favela, cadeia
Sem terra, enterra
Sem renda, se renda. Não, não

Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente

Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro


segunda-feira, 21 de março de 2011

será que estou de volta?
Vou escrever até melhorar minha caligrafia, ou seja, penarei insistentemente e repetidas vezes até que o objetivo de minha comunicação visual seja cumprido em seu mais profundo sentido. Não existe comunicação sem que o público-alvo de seu trabalho entenda completamente sua obra, seja pela ideia “pensada” mau formulada ou em sua expressão escrita mau resolvida e isso torna a compreensão difícil e em alguns casos impossível.
Entretanto, para alegria de muitos, podemos contar com a evolução tecnológica. Temos bons escritores que não necessariamente sabem usar um lápis/caneta.
Dominar nossa linguagem com uma ortografia bem posta e com coesão técnica harmônica que aproveite da semântica colocada de forma a propiciar ao “target” um melhor entendimento de sua obra.
Imagine sacrificar seu pensamento para manter uma boa comunicação manuscrita. Vá além: ponha-se a pensar no que aconteceria se bons pensadores tivessem necessariamente que talhar suas letras em lajotas. Isso provavelmente dificultaria uma boa comunicação entre o escritor⁄leitor.
Mentalize! desenhe antecipadamente aquela linguagem escrita ao mesmo tempo em que horizonteie sua linguagem pensada não somente em palavras faladas como também num troca-troca de símbolos que representem sons próximos ou completamente opostos, mas que dê ao leitor a perfeita ideia daquilo que você pretende expor.
Digitar mecanicamente aquilo que se pensa faz com que ganhemos qualidade e tempo na escrita pois mantém-se os parâmetros da expressão escrita, diferente da expressão manuscrita de muitos, que tem que ser escrita e reescrita várias vezes para manter-se uma padronização escrita.
RESUMINDO:
Imprimirei o cartão de identificação da mochilinha do João Felipe e não mais disperdiçarei meu tempo na tentativa de MANUSCREVER AQUILO QUE PENSO.